Adolescência (2025), Ruptura (2022-) e The White Lotus (2021-) estão entre as séries com o maior número de indicações ao Emmy 2025. A cerimônia de premiação da 77ª edição acontece em 14 de setembro, em Los Angeles.
Na lista a seguir, você confere as indicadas a melhor drama, melhor comédia e melhor minissérie ou antologia, que são os títulos que dominam a maioria das categorias, assim como onde assisti-las:
Andor (2022-2025)
Criada por Tony Gilroy, Andor, que pertence ao universo Star Wars, concorre a 14 Emmys, a maioria em categorias técnicas, exceto melhor drama, roteiro de drama e ator convidado em série dramática (Forest Whitaker). A falta de indicações para o elenco principal foi uma das grandes surpresas do anúncio.
Andor, uma prequela de Rogue One: Uma História Star Wars (2016) e Star Wars: Episódio IV - Uma Nova Esperança (1977), revitalizou a combalida franquia com a história do contrabandista transformado em rebelde Cassian Andor (Diego Luna). Cassian, sua amiga de infância Bix (Adria Arjona), o misterioso Luthen Rael (Stellan Skarsgaard) e a senadora Mon Mothma (Genevieve O’Reilly), entre outros, aos poucos formam a Aliança Rebelde, que luta contra o Império Galáctico em uma época marcada pela mentira, a opressão, a corrupção e a violência desmedida.
A Diplomata (2023-)
Com duas indicações, melhor drama e atriz de drama, A Diplomata, criada por Debora Cahn, traz Keri Russell no papel da diplomata de carreira do título, transferida para a Inglaterra para ser embaixadora em meio a uma crise internacional.
Como sempre, Russell arrasa aqui no papel de uma mulher sem frescuras e desacostumada de ser julgada pela maneira como se comporta ou se veste. Em meio à tensão, ela ainda precisa lidar com o casamento falido com Hal (Rufus Sewell), ex-embaixador dos Estados Unidos no Líbano e uma estrela da diplomacia, agora com dificuldades de aceitar que sua mulher tem um posto mais importante.
The Last of Us (2023-)
A segunda temporada de The Last of Us, baseada no videogame pós-apocalíptico, foi indicada a 16 Emmys, incluindo melhor drama, ator (Pedro Pascal, mesmo com tempo de tela reduzido), atriz (Bella Ramsey), além de quatro para atores convidados (Joe Pantoliano, Jeffrey Wright, Kaitlyn Dever e Catherine O’Hara).
Por mais que as pessoas infectadas pelo fungo sejam sempre uma ameaça, para Joel e Ellie o pior está na deterioração do seu relacionamento, devido aos fantasmas do passado, que separa os dois em um momento crucial. Em The Last of Us, o verdadeiro perigo está nos limites ultrapassados na busca pela sobrevivência e no ciclo sem fim da vingança.
Paradise (2025-)
Série estreante, Paradise conquistou quatro indicações, todas em categorias nobres: drama, ator (Sterling K. Brown), ator coadjuvante (James Marsden) e atriz coadjuvante (Julianne Nicholson).
O criador Dan Fogelman faz aqui algo bem diferente do drama familiar de This Is Us (2016-2022), também estrelado por Brown. Paradise é um thriller político sobre Xavier, um agente do Serviço Secreto que investiga o assassinato do presidente Cal Bradford na pacata cidade do título. Esse paraíso, porém, esconde muitos segredos, vários deles nas mãos da poderosa empresária conhecida como Sinatra (Nicholson). Cheia de reviravoltas, a série também traz uma boa dose de drama, um veículo perfeito para os atores brilharem.
The Pitt (2025-)
Mais uma série médica? Sim, mas, mesmo quem estiver cansado não perde nada dando uma chance à estreante The Pitt. Ela combina a urgência de 24 Horas (2001-2010) e sua contagem regressiva com o cotidiano atribulado de médicos e enfermeiras de E.R.: Plantão Médico (1994-2009), usando até um de seus atores principais, Noah Wyle, o Dr. John Carter de então e o Dr. Robby de agora.
A série foi merecidamente um dos fenômenos do ano e concorre a 13 Emmys, incluindo melhor drama, ator (Wyle, em sua sexta indicação), atriz coadjuvante (Katherine LaNasa) e ator convidado (Shawn Hatosy). The Pitt consegue equilibrar o drama dos casos com a exposição do impacto que trabalhar em uma emergência tem na vida dos médicos e enfermeiros e com a discussão sobre o sistema de saúde em geral.
Ruptura (2022-)
Com impressionantes 27 indicações, o maior número deste ano, a segunda temporada de Ruptura concorre nas principais categorias, como melhor drama, atriz (Britt Lower), ator (Adam Scott), atriz coadjuvante (Patricia Arquette) e ator coadjuvante (Zach Cherry, Tramell Tillman e John Turturro).
Criada por Dan Erickson e dirigida majoritariamente por Ben Stiller, é uma série que combina os mistérios da trama surreal com um estilo visual único. A segunda temporada veio três anos após a primeira, mas valeu a espera para explorar ainda mais esse mundo dividido das Indústrias Lumon, em que os funcionários se esquecem de toda a sua vida assim que entram na empresa e depois deixam as memórias do trabalho para trás no momento em que saem pela porta.
Slow Horses (2022-)
Slow Horses é um unicórnio no atual panorama da televisão: em três anos, teve quatro temporadas, e a quinta estreia ainda em 2025. São poucos episódios por temporada, como costumam ser nas produções britânicas, mas, pelo menos, nenhum fã fica na mão. Nesse período, foram 14 indicações ao Emmy, cinco em 2025, inclusive melhor drama e ator dramático (Gary Oldman).
A série criada por Will Smith (não o ator) e baseada nos livros de Mick Herron faz sucesso com sua trama de espionagem bem distante de James Bond e afins. Na unidade comandada por Jackson Lamb estão agentes que fracassaram em alguma missão. O elenco, para além de Oldman, é espetacular, com Jack Lowden, Kristin Scott Thomas, Sophie Okonedo e Jonathan Pryce.
The White Lotus (2021-)
Com humor mordaz, The White Lotus faz a linha “devorem os ricos”. Cada uma das três temporadas criadas por Mike White vai a um hotel de luxo em um paraíso diferente, apresentando novos personagens, e um deles acaba morrendo ou matando alguém. Depois de Havaí e Sicília, o terceiro ano foi na Tailândia, onde milionários como a família Ratfliff (Jason Isaacs, Parker Posey, Patrick Schwarzenegger, Sarah Catherine Hook e Sam Nivola) e as amigas Laurie (Carrie Coon), Jaclyn (Michelle Monaghan) e Kate (Leslie Bibb) são confrontados com verdades duras sobre si mesmos, mas, no processo, também corrompem o local.
No total, a série teve 23 indicações, entre elas melhor drama, além de impressionantes oito nas categorias de atuação: ator coadjuvante (Walton Goggins, Jason Isaacs, Sam Rockwell), atriz coadjuvante (Carrie Coon, Parker Posey, Natasha Rothwell, Aimee Lou Wood) e ator convidado (Scott Glenn).
Abbott Elementary (2021-)
Nas suas quatro temporadas, Abbott Elementary, criada por Quinta Brunson, mostra com humor a comovente dedicação de professores de uma escola pública de ensino fundamental na Filadélfia, com professores e alunos de maioria negra. Janine (Brunson) é ingênua e idealista e conta com a ajuda de colegas mais experientes, como Barbara (Sheryl Lee Ralph) e Melissa (Lisa Ann Wlater), e até da diretora narcisista Ava (Janelle James). Mesmo sendo uma comédia, a série é cheia de coração e faz lembrar daqueles professores especiais que fizeram tudo o que podiam por seus alunos.
Até hoje, foram quatro Emmys e 29 indicações, cinco delas neste ano: melhor série cômica, atriz (Brunson), atriz coadjuvante (Janelle James e Sheryl Lee Ralph) e roteiro.
O Urso (2022-)
Vencedora de 21 Emmys em suas duas primeiras temporadas, O Urso concorre a 13 prêmios por sua terceira temporada (a quarta entrou no ar depois do prazo de elegibilidade). Entre as indicações estão melhor comédia, ator (Jeremy Allen White), atriz (Ayo Edebiri, que também disputa melhor direção pelo episódio Napkins), ator coadjuvante (Ebon Moss-Bachrach), atriz coadjuvante (Liza Colón-Zayas), ator convidado (Jon Bernthal), atriz convidada (Olivia Colman e Jamie Lee Curtis).
Na terceira temporada, mais desfocada que as duas primeiras, Carmy (White) e sua equipe lidam com os muitos desafios de manter um restaurante novo, especialmente quando o chef tem comportamento difícil e muda o cardápio toda hora. Os episódios de destaque são aqueles justamente que saem da cozinha e de Carmy e focam em Tina (Colón-Zayas) e Natalie (Abby Elliott). É mais uma prova da força dos personagens criados por Christopher Storer e Joanna Calo e das interpretações do elenco.
Hacks (2021-)
Em sua quarta temporada, Hacks, criada por Lucia Aniello, Paul W. Downs e Jen Statsky, soma 14 indicações às 48 das três anteriores, com nove vitórias. Neste ano, a série concorre em categorias como melhor comédia, atriz (Jean Smart, que ganhou três vezes), atriz coadjuvante (Hannah Einbinder) e atriz convidada (Julianne Nicholson, que também concorre por Paradise, e Robby Hoffman).
Depois das ações de Ava (Einbinder) na última temporada, Deborah (Smart) aumenta a tensão do relacionamento com retaliações. Como sempre, Hacks mistura as piadas em torno do showbiz com momentos emocionantes baseados na relação complicada entre a veterana comediante e sua jovem roteirista.
Ninguém Quer (2024-)
Outra estreante na lista de indicados, Ninguém Quer disputa o Emmy em três categorias: melhor comédia, ator (Adam Brody) e atriz (Kristen Bell). Em sua primeira temporada, a série criada por Erin Foster mostra o encontro irresistível de Joanne, agnóstica que faz um podcast sobre sexo e relacionamentos com a irmã, e o rabino Noah.
Essa comédia romântica que tem Los Angeles como cenário explora os conflitos de um relacionamento contemporâneo sem abdicar de uma certa fantasia e aposta no charme e química de sua dupla de protagonistas, salpicando a trama de amor entre diferentes com personagens secundários carismáticos, como a irmã de Joanne, Morgan (Justine Lupe), e o irmão mais velho de Noah (Timothy Simons).
Only Murders in the Building (2021-)
Only Murders in the Building, sobre a aliança improvável entre Oliver Putnam (Martin Short), um diretor de teatro dramático, Charles-Haden Savage (Steve Martin), um ator em decadência, e Mabel Mora (Selena Gomez), uma jovem sem rumo. A série consegue encontrar maneiras de prosseguir com a premissa que parecia finita: um assassinato acontece no edifício onde o trio mora em Nova York, eles investigam e fazem um podcast. Os crimes sempre são apenas um pretexto para explorar a dinâmica divertida entre o trio de personagens e a química de seus atores.
A quarta temporada disputa sete Emmys, incluindo melhor comédia e ator (Martin Short), que se juntam às 49 anteriores, com sete vitórias.
Falando a Real (2023-)
Com Falando a Real, Harrison Ford consegue sua primeira indicação ao Emmy, na categoria ator coadjuvante, aos 83 anos de idade. Na série criada por Brett Goldstein, Bill Lawrence e Jason Segel, o astro tem a chance de mostrar seu lado engraçado, que ele sempre esboçou em papéis como Han Solo e Indiana Jones.
A indicação se soma às outras seis, entre elas melhor comédia, ator (Segel), atriz coadjuvante (Jessica Williams) e ator coadjuvante (Michael Urie), desta segunda temporada, uma ampliação em relação à primeira, que concorreu em apenas duas categorias. No segundo ano, a série amplia a mistura agridoce de comédia e drama para discutir como os personagens lidam com o luto, começando pelo psicoterapeuta Jimmy (Segel).
O Estúdio (2025-)
Cheia de participações especiais, a comédia estreante O Estúdio tem duas das indicações mais surpreendentes deste ano: melhor ator convidado para Martin Scorsese e Ron Howard, que concorrem pela primeira vez ao Emmy em categorias de atuação. A série disputa um total de 23 prêmios, incluindo melhor comédia, ator (Seth Rogen), ator coadjuvante (Ike Barinholtz), atriz coadjuvante (Kathryn Hahn e Catherine O’Hara, que também concorre como atriz convidada em The Last of Us), atriz convidada em série cômica (Zoe Kravitz) e ator coadjuvante em série cômica (além de Scorsese e Howard, Bryan Cranston, Anthony Mackie e Dave Franco).
A série criada por Seth Rogen, Evan Goldberg, Peter Huyck, Alex Gregory e Frida Perez é uma divertida sátira sobre Hollywood, com Rogen no papel de Matt Remick, novo diretor do Continental Studios que tenta salvá-lo equilibrando negócios e arte.
What We Do in the Shadows (2019-)
Em sua sexta e última temporada, a série criada por Jemaine Clement concorre a seis Emmys, inclusive melhor comédia. Em anos anteriores, What We Do in the Shadows disputou outros 29 prêmios, vencendo um (figurinos de fantasia ou ficção científica em 2022).
Baseada no filme O Que Fazemos nas Sombras (2014), dirigido por Clement e Taika Waititi, esta comédia hilária é um mocumentário que acompanha um grupo de vampiros atrapalhados formado por Nandor (Kayvan Novak), Laszlo (Matt Berry), Nadja (Natasia Demetriou) e Colin Robinson (Mark Proksch). Eles vivem juntos há mais de um século e têm um empregado, Guillermo (Harvey Guillén), que aceita as condições humilhantes na esperança de se tornar um vampiro também.
Adolescência (2025)
Provavelmente o maior fenômeno da televisão neste ano, Adolescência provocou debates e ações. No Reino Unido, a minissérie criada por Stephen Graham e Jack Thorne vai ser exibida para alunos do ensino médio, em uma tentativa de discutir a masculinidade tóxica, crimes com armas brancas e o perigo da internet para crianças e adolescentes.
Em Adolescência, Jamie Miller (Owen Cooper) é um menino de 13 anos acusado de assassinar uma garota de sua escola. Os quatro episódios, cada um deles rodado em plano-sequência, acompanham as investigações, entrevistas com uma psicóloga e conversas com o pai (Stephen Graham), todos tentando entender o que aconteceu. A série concorre a 13 Emmys, incluindo melhor minissérie ou antologia, ator (Graham), ator coadjuvante (Cooper e Ashley Walters) e atriz coadjuvante (Christine Tremarco e Erin Doherty).
Black Mirror (2011-)
Em sua sétima temporada, Black Mirror, antologia que explora distopias futuristas, disputa dez Emmys, incluindo melhor minissérie ou antologia e melhor atriz de minissérie ou antologia (Rashida Jones). No total, a criação de Charlie Brooker acumulou 14 indicações.
Nos seis episódios lançados neste ano, há histórias como a de uma mulher com tumor que tem as funções cerebrais restauradas sob pagamento de uma mensalidade, como em um serviço de streaming (em Common People), de uma cientista de alimentos que nota discrepâncias em sua vida e trabalho quando retoma contato com uma ex-colega de escola (em Bête Noire), e de uma estrela de Hollywood que participa de uma refilmagem com uso de inteligência artificial (em Hotel Reverie).
Morrendo por Sexo (2025)
Inspirada em uma história real, Morrendo por Sexo faz rir e chorar com a história de Molly (Michelle Williams), que, ao descobrir ter pouco tempo de vida devido a uma metástase, abandona o marido Steve (Jay Duplass) para explorar abertamente sua sexualidade, sem julgamentos, com diversos homens, inclusive o Vizinho (Rob Delaney). Nessa sua jornada de autodescoberta e liberdade, ela conta com o apoio da amiga Nikki (Jenny Slate).
Morrendo por Sexo concorre a nove Emmys, incluindo melhor minissérie ou antologia, atriz de minissérie ou antologia (Michelle Williams), ator coadjuvante de minissérie ou antologia (Rob Delaney) e atriz coadjuvante de minissérie ou antologia (Jenny Slate).
Monstros - Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais (2024)
Parte da antologia Monstros, criada por Ryan Murphy e Ian Brennan e que explora casos criminais famosos nos Estados Unidos, Monstros: A História de Lyle e Erik Menendez fala do assassinato do empresário da música José Menendez (Javier Bardem) e de sua mulher Kitty (Chloë Sevigny) no luxuoso bairro de Beverly Hills, em 1989. Os filhos do casal, Lyle (Nicholas Alexander Chavez) e Erik (Cooper Koch), são presos pelo assassinato, mas sua equipe de defesa alega que os irmãos sofreram abusos de todos os tipos.
Com aquele ar novelesco das séries assinadas por Murphy e o apelo do “true crime”, a série é daquelas fáceis de assistir, apesar do tema indigesto. No Emmy, concorre a 11 troféus, incluindo melhor minissérie ou antologia, ator de minissérie ou antologia (Cooper Koch), atriz coadjuvante de minissérie ou antologia (Chloë Sevigny) e ator coadjuvante de minissérie ou antologia (Javier Bardem).
Pinguim (2024-)
Spin-off de Batman (2022), Pinguim traz Oz Cobb (Colin Farrell, irreconhecível por baixo da maquiagem e roupa protética), mais conhecido como Pinguim, em sua jornada para se tornar de subalterno de Carmine Falcone (Mark Strong) a um chefão do crime. Em seu caminho, porém, ele tem de enfrentar Sofia Gigante (Cristin Milioti), filha de Carmine, que acabou de sair de Arkham, hospital psiquiátrico onde anos antes foi encarcerada como uma serial killer psicopata.
A atmosfera sombria e as boas atuações agradaram aos membros da Academia de Televisão, que indicaram Pinguim em 24 categorias, incluindo melhor minissérie ou antologia, ator de minissérie ou antologia (Farrell), atriz de minissérie ou antologia (Milioti) e atriz coadjuvante de minissérie ou antologia (Deirdre O’Connell no papel de Francis Cobb, a mãe delirante e abusiva de Oz).
Onde assistir às séries e minisséries indicadas nas principais categorias do Emmy:
Saiba onde encontrar às produções que concorrem ao Emmy nas categorias melhor drama, comédia e minissérie ou antologia na lista a seguir.